Sobre o Observatório

Projeto de Extensão Observatório de Educação: violência, inclusão e direitos humanos - UNEB

Integrante do Projeto de Pesquisa/CNPq: Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade

Coordenação: Prof. Jaciete Barbosa dos Santos e Prof. Luciene Maria da Silva
Pesquisadores: João Max Oliveira, Jenifer Satie Ogasawara, Karla Belem, Viviane Dias
Coordenação Nacional e Internacional do Projeto de Pesquisa Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade: Prof. José Leon Crochík (USP)
Bolsista IC CNPQ: Mariana Alves Santos
 
 
1. Apresentação 
A criação dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos humanos nas universidades participantes do Projeto de Pesquisa/CNPq ‘Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade’ justifica-se pela demanda e urgência de se identificar, problematizar e combater o bullying, a manifestação do preconceito e contribuir na superação do pensamento estereotipado em relação às minorias vítimas do preconceito na escola, no trabalho, como também em outras instâncias sociais.

Como espaços de formação, reflexão e possibilidades de resistência à sua manifestação na sociedade, que ainda obsta a educação que humanize e afirme os direitos humanos como seu eixo norteador, a criação desses observatórios pode contribuir à formação das pessoas e ao debate de propostas alternativas de enfrentamento e superação da violência na escola, contribuindo tanto para o desenvolvimento social quanto do indivíduo, em um movimento contrário à violência, à discriminação e ao bullying, marcas da sociedade na qual impera a competitividade nas relações humanas e a exclusão dos indivíduos, considerados inaptos à convivência na escola e demais instâncias sociais. 

2. Justificativa
A criação dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos humanos nas universidades participantes do Projeto de Pesquisa/CNPq ‘Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade’ justifica-se pela demanda e urgência de se identificar, problematizar e combater o bullying, a manifestação do preconceito e contribuir na superação do pensamento estereotipado em relação às minorias vítimas do preconceito na escola, no trabalho, como também em outras instâncias sociais.

Como espaços de formação, reflexão e possibilidades de resistência à sua manifestação na sociedade, que ainda obsta a educação que humanize e afirme os direitos humanos como seu eixo norteador, a criação desses observatórios pode contribuir à formação das pessoas e ao debate de propostas alternativas de enfrentamento e superação da violência na escola, contribuindo tanto para o desenvolvimento social quanto do indivíduo, em um movimento contrário à violência, à discriminação e ao bullying, marcas da sociedade na qual impera a competitividade nas relações humanas e a exclusão dos indivíduos, considerados inaptos à convivência na escola e demais instâncias sociais.

3. Objetivos 

3.1 Geral

  • Contribuir na produção e difusão do conhecimento e na formação de professores, estudantes e demais profissionais da educação, bem como promover a articulação entre as universidades participantes e escolas – sobretudo as pesquisadas – da rede de educação básica nas temáticas propostas, como violência, com ênfase no bullying, preconceito e direitos humanos.
 3.2 Específicos
  • identificar, por intermédio dos resultados obtidos pela pesquisa empírica desenvolvida nas escolas, as atitudes de estudantes que revelam violência, manifestada por bullying e preconceito no cotidiano escolar contra seus colegas, entre esses, os estudantes com deficiência, afrodescendentes e outros estudantes em situação de vulnerabilidade;
  • promover debate nas universidades participantes e nas escolas pesquisadas, com estudantes, educadores e funcionários sobre as atitudes de violência nas diversas dimensões sociais, tais como escola, trabalho, família, cultura e comunidade, considerando a educação inclusiva e os direitos humanos;
  • difundir material bibliográfico com informações sobre violência, bullying, preconceito e suas manifestações a ser distribuído e utilizado nas escolas, universidades e outras instâncias de formação;
  • organizar um banco de dados sobre a violência escolar com os dados resultantes da pesquisa e os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Censo Demográfico, Censo Escolar, Sistema de Informações sobre Mortalidade/Departamento de Informática do SUS (SIM/Datasus), Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), dentre outros. 
4. Programas e atividades de formação, de ensino, pesquisa e extensão a serem desenvolvidos no âmbito dos observatórios nas universidades participantes 
A pesquisa colaborativa será realizada pelas 13 universidades participantes de âmbito nacional do projeto: USP, UNIFESP, UNEB, UEFS, UFF, UFPA, UFRG, UEL, UFMS, UEM, UNIFAL, UFS e Instituto Singularidades . No âmbito macro (observatório nacional), as diversas unidades terão o objetivo de organizar todas as atividades geradas pelos observatórios para termos a comunicação de experiências e o acervo delas. No âmbito micro (observatórios institucionais) cada instituição formará sua rede de colaboradores como membros do grupo de pesquisa: educadores das escolas pesquisadas, mestrandos, doutorandos, bolsistas, convidados, dentre outros, a fim de desenvolver as atividades inerentes ao projeto de pesquisa.

Os trabalhos serão realizados mediante a organização de grupos de trabalhos coletivos. Cada universidade desenvolverá um documento contendo a análise das etapas e dos resultados, e este documento fará parte do banco de dados sobre a violência escolar. Este documento também será analisado no âmbito macro, ao ser apresentado nas reuniões periódicas (por Skype) e nos seminários.

De maneira coletiva, o observatório nacional incumbir-se-á de organizar um dossiê de textos para publicação em periódicos e/ou coletâneas. Cada universidade incumbir-se-á de desenvolver os textos acadêmicos que comporão as publicações. Entende-se que os membros da rede de pesquisa manterão sua própria identidade e responsabilidades rotineiras, mas assumirão também a responsabilidade de compartilhar seus estudos de uma forma mais sistemática, e se comprometerão em desenvolver seus planos de trabalho de forma mais coordenada de modo a responder às necessidades do Projeto de Pesquisa/CNPq Violência Escolar: discriminação, bullying e responsabilidade, coletivamente identificadas pelo conjunto.

As propostas acima se encontram explicitadas a seguir compondo duas etapas de trabalho, a saber: 4.1. Etapa a ser realizada em âmbito institucional e 4.2. Etapa a ser realizada em âmbito nacional. 
 
4.1 Em âmbito institucional
  • oferta de disciplinas optativas/eletivas sobre bullying, discriminação, educação em direitos humanos e inclusão nos cursos de graduação em Pedagogia e pós-graduação em educação como contribuição à formação dos estudantes quanto a esses temas;
  • oferta de disciplinas optativas e/ou eletivas nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, cursos de extensão e/ou formação continuada para professores da educação básica no município no qual se localiza a universidade, possibilitando ações conjuntas entre os pesquisadores e os profissionais do ensino fundamental, em um esforço conjunto de aproximação entre as universidades e as escolas.
  • oferta de atividades, tais como encontros, palestras e/ou cursos de extensão, para os estudantes das escolas participantes da pesquisa sobre a temática da pesquisa.
  • As disciplinas e/ou cursos ministrados terão os seguintes eixos norteadores: bullying, preconceito, discriminação, educação em direitos humanos e inclusão com os objetivos de identificar as diversas formas de violência, sua relação com as hierarquias escolares com vistas à intervenção, prevenção na escola e as possibilidades da educação inclusiva. Os cursos ofertados terão como produtos monografias de graduação, dissertações de mestrado e doutorado.
  • Cabe acrescentar que o rol de atividades descrito não precisa ser plenamente contemplado pelas unidades, que também poderão propor outras ações para o cumprimento dos objetivos do Observatório. 
4.2 Em âmbito nacional 
A coleta de dados relacionados à violência escolar será realizada em bancos de dados oficiais, tais como: IBGE, PNAD, Censo Demográfico, Censo escolar, SIM/DATASUS, SINESP, Conselhos Tutelares e CREAS (Centros de Referência Especializada de Assistência Social). Este conjunto de dados será dividido entre os grupos de trabalhos compostos pelos participantes que poderão apresentar esses indicadores nos encontros presenciais. 

5. Atuação dos Observatórios de Educação: violência, inclusão e direitos humanos
São propostas as seguintes áreas temáticas que contemplam seus objetivos e metas: a) violência em suas diversas manifestações – bullying e preconceito; b) violência na escola, trabalho, família, cultura e comunidade; c) formação, educação, inclusão e direitos humanos contra a violência; d) enfrentamento das diversas expressões da violência na sociedade; e) cisão entre desenvolvimento tecnológico e humano; f) educação, formação e tecnologia; g) experiência com as diferenças humanas e a diversidade cultural no Brasil e demais países latino-americanos.


Como uma ação de educação e difusão do conhecimento, há também a intenção de promover, se e quando for possível, a articulação desta proposta com os Núcleos de Acessibilidade e Inclusão das universidades participantes e destes com a Educação Básica, para articular ações com as salas multifuncionais existentes nas escolas. Essa articulação tem como propósito alimentar os Observatórios de Educação e o Banco de Dados, da seguinte maneira:

  • identificando as ações de pesquisa e extensão desenvolvidas pelos Núcleos que envolvam o Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas de educação básica, com destaque para a atuação das Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) e sobre o papel do professor de apoio; 
  • caracterizando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferecido pelas escolas da rede pública de ensino nas cidades em que os Núcleos aderirem ao projeto de pesquisa, identificando os tipos de serviços de AEE oferecido; o número e as características dos estudantes atendidos por tipo de serviço de AEE oferecido, em especial, nas SRMs, características do professor de apoio; e a formação dos professores de AEE.

 

Data de início: 2018.2

Situação do projeto de extensão:
( ) INÍCIO DE FUNCIONAMENTO ( X ) EM ANDAMENTO ( ) DESATIVADO ( ) CONCLUÍDO
Previsão de término: 2021.2 (com continuidade prevista)
Natureza do projeto: EXTENSÃO
Área de concentração: EDUCAÇÃO